O cristianismo ante à diversidade

Recebi por e-mail o texto A Pós-Modernidade e a Singularidade de Cristo, de autoria de Ricardo Barbosa de Souza, conferencista e pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília.

Ele fala do desafio do cristão dos dias atuais, que lhe parece difícil e contraditório porque requer, por um lado, “a inclusão, buscando receber, acolher e amar os diferentes, mas também rejeitar, confrontar e lutar contra o pecado”.    Interpretei que ele está afirmando que os diferentes são pecadores  … Sim, somos todos, mas seriam esses ‘diferentes’  tão mais pecadores que fica difícil conviver com eles, aceitá-los? 
É uma grande responsabilidade interpretar o Novo Testamento, mas é claro que Jesus fez da prática das virtudes condição expressa de salvação. E é óbvio que Jesus tratou os diferentes de seu tempo com tanto amor e igualdade que escandalizou os escribas e os fariseus hipócritas.

Jesus disse claramente para não julgarmos (Mateus 7:1). Entretanto, as pessoas insistem em misturar o que Moisés ensinou e o que Jesus confirmou. Sou fã de Moisés, ele conseguiu ter autoridade sobre umas cinquenta mil pessoas, conduzindo-as e governando-as com rigor. Foi necessário. Sem tal autoridade creio que teria falhado em sua missão de fazer o povo crer no Deus Único. Ele cometeu alguns excessos, e eu o compreendo: diante de um povo bruto a linguagem condizente era, por vezes, a espada. Só muitos séculos depois é que a humanidade estava preparada, e Moisés tem crédito nisso, para ouvir a mensagem de Jesus Cristo, de amor e humildade.

“O Céu e a Terra passarão, mas as minhas palavras não passarão.” (Mateus, 24:35.)

“As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código  moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno. (…) Sendo uma só, e única, a verdade não pode achar-se contida em afirmações contrárias e Jesus não pretendeu imprimir duplo sentido às suas palavras. Se, pois, as diferentes seitas se contradizem; se umas consideram verdadeiro o que outras condenam como heresias, impossível é que todas estejam com a verdade. Se todas houvessem apreendido o sentido verdadeiro do ensino evangélico, todas se teriam encontrado no mesmo terreno e não existiriam seitas. O que não passará é o verdadeiro sentido das palavras de Jesus; o que passará é o que os homens construíram sobre o sentido falso que deram a essas mesmas palavras. Tendo por missão transmitir aos homens o pensamento de Deus, somente a sua doutrina, em toda a pureza, pode exprimir esse pensamento. Por isso foi que ele disse: ‘Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.’(Mateus 15:13)” (Extraído do livro… adivinhe! Revelo nos próximos posts!)

Não devemos aceitar idéias de quem quer que seja sem questionar. É o que estou fazendo. Você, eu, todos nós como humanidade somos inteligentes, graças a Deus! E duvidar, questionar, investigar e buscar respostas nas palavras de Jesus Cristo, sem desviá-las do verdadeiro sentido, em consequência dos preconceitos e da ignorância das leis da Natureza, deve agradar a Deus.

“Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.” (Emmanuel)

Até breve!

Marlene Oliveira

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8 respostas para “O cristianismo ante à diversidade”

  1. Oi Marlene,
    Primeiramente, suas descobertas (mencionei isto) são interessantes, reflexivas e proveitosas pra nosso ajuste espiritual…E admiro quem passa à fente o Bem que descobre, não o aprisiona só para si, pois afinal ninguém escreve seu nome nas águas do mar ou no azul do céu…
    Minha amiga, questionar é buscar a luz e este interesse é próprio das pessoas que buscam aprimoramento pessoal em todos os ângulos, também questiono para me esclarecer melhor,
    mas sem duvidar que o Senhor é o meu bem maior e só "Ele pode fazer um milagre em mim".
    Tenho um amigo que outro dia me disse assim: "–Deus é compassivo para amar todos os seus filhos de forma igual, pecador ou não, mas creio que Ele olha mais por quem merece, aquele que louva, ora, vigia, faz a sua parte". Fiquei com esta posição na cabeça e tenho me perguntado: e será que todos estão preparados/bem orientados para saber fazer a sua parte? É um tema instigante, que nos leva a viagens como esta minha de agora e a perguntas constantes, que procuro resolver questionando o próprio Pai, com a ajuda de seus mediadores terrenos. Desculpe a extensão do comment…rs, paz, sucesso e luz hoje e sempre, beijos, Liége.

  2. Rá!Já sei de onde você tirou as palavras,do Evangelho segundo o espiritismo?(não tenho certeza).
    Mas acho que as pessoas deviam comprar o livro e lê-lo,a interpretação das passagens bíblicas é muito boa.
    Acho que as pessoas deveriam passar a questionar mais no intuito de saber em que/quem podemos acreditar,pois infelizmentes temos pessoas passando mensagens erradas e traindo a fé das pessoas.

  3. Oi minha AMIGA questionadora!!!
    rsrsr Olha, se entrar nesse assunto agora, sei que vou errar como a Bárbara, pois o que você está nos mostrando é uma mistura de seus conhecimentos, o que veio aprendendo no decorrer de sua vida e experiência, juntamente com algo que tenha lido recentemente..Mesmo assim, prefiro deixar minha cabeça despreocupada de onde veio esse texto… Quero mais é ampliar meus conhecimentos e como você, questionar algumas outras.. Te adoro..

    ops: acredita que vim aqui só te desejar bom dia?? Ontem vim aqui e fui para facu.. E meu dia foi THE BEST?!.. Então voltei..rsrsrrs

  4. Vou viajar um pouquinho…
    Meu pai morreu de cirrose de passar o dia inteiro na porta de um bar.
    Tenho a certeza de que se eu tivesse me misturado com os diferentes, se eu tivesse sentado na porta do bar e conversado um pouco mais com ele, se eu não me importasse com o julgamento dos outros, ele teria vivido um pouco mais. Há pessoas diferentes(montanhas) que não vão até à Maomê, e nós devemos ir até essas pessoas diferentes (montanhas). Pecador ou não?!?! Não sei quem de nós o é.
    Eliane.

  5. Querida Marlene, para muitos esse tema pode ser muito questionado, afinal para cada um, foi dado o "livre arbítrio", sendo assim as pessoas entendem o que pra si é melhor entender. Pra mim apenas uma citação bíblica define o que penso: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém chega ao Pai senão por mim!". Muita luz em sua vida sempre e obrigada pelo carinho! Beijos

  6. Uma das maiores dificuldades é conviver com a diferença. E isso não se dá somente nas religiões mais dogmáticas, que por vezes podem se apoiar no próprio sentimento de exclusividade para a manutenção de seus fiéis. No próprio movimento espírita, em certos casos, há uma segmentação pouco caridosa que se afasta do proposto pelo mestre Jesus.
    Somente quando temos certeza de quem somos, do que acreditamos e de que estamos no caminho correto (que é próprio de cada um, independente da sua filosofia religiosa íntima) é que poderemos aceitar verdadeiramente que o outro tem o direito de pensar diferentemente, ou mesmo de agir de modo contrário ao que acreditamos ser o melhor sem nos melindrarmos.
    Vc tem razão quando diz que se todos apreendêssemos o verdadeiro sentido do ensino evangélico, todas teriam se encontrado no mesmo terreno, e não haveriam seitas.
    Porém, estamos tão longe disso, já que somos diferentes uns dos outros não somente na crença mas no desenvolvimento emocional, psicológico e intelectual.
    E para falar a verdade, na minha opinião, ainda estamos incrivelmente longe de captarmos a plenitude do ensino evangélico, já que para isso teríamos que ter compreendido e aprendido completamente a lição.
    Um abraço e foi um prazer muito grande conhecer o seu blog.

    Luiz Gustavo – http://monografiaespirita.blogspot.com

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